Evento em São Paulo discute inovação aplicada ao setor de seguros
O evento, realizado nos dias 01 e 02 de agosto, em São Paulo, reuniu empreendedores, investidores, empresas de seguros e profissionais do mercado ao redor de quatro grandes painéis:
Tech no Seguro – O que muda de verdade
Ser ou não ser digital
Acelerando o futuro
User Experience
Além dos impactos de experiências reais implementadas com base em novas tecnologias, apresentadas por algumas das empresas seguradoras e fornecedores participantes, foram também amplamente exploradas questões relacionadas ao ecossistema digital e o papel das insurtechs, venda direta e online como tendências para alguns produtos e aos temas regulatórios recentes, como as alterações na legislação relativa à proteção de dados pessoais no mercado europeu e brasileiro.
Empreendedores de startups contaram com um espaço específico onde puderam apresentar suas ideias a grupos de investidores potenciais.
Destacamos abaixo algumas das mensagens deixadas ao longo dos dois dias do evento:
A transformação digital no setor de seguros no Brasil continuará em ritmo acelerado ao longo dos próximos anos, impulsionada de um lado pela necessidade das grandes empresas do setor de implementar um modelo de transição e, de outro, pela oferta crescente de inovação pelas insurtechs já estabelecidas, mas também pelas startups que surgem em profusão para oferecer soluções específicas.
Soluções baseadas em blockchain, RPA e inteligência artificial estão em alta, principalmente em soluções focadas na experiência de usuários e na prevenção a fraudes. IoT e telemetria sob forte observação, mas sem muita clareza sobre como se dará sua implementação no mercado brasileiro.
No que diz respeito a empreender no setor, tamanho NÃO é documento, mas competência e especialização sim. De forma geral, as pequenas empresas são avaliadas como propulsoras da inovação no setor e grandes seguradoras buscam maneiras de integrá-las aos seus próprios modelos e estratégias de inovação.
User experience e design thinking, termos até então do domínio das áreas de marketing e produtos, estão sendo incorporados ao vocabulário dos profissionais de tecnologia, que passam a ser cobrados por conhecer do negócio tanto quanto as equipes de operações e vendas. Organizações tradicionais devem sofrer com conflitos e rivalidades entre essas áreas – principalmente marketing e TI, enquanto adequam seus modelos de gestão.
Nosso marco regulatório será profundamente afetado pela evolução na forma de fazer negócios. Além da questão de proteção de dados pessoais – que afetará praticamente todos os setores da economia, o setor precisará lidar com temas relacionados à desintermediação e ao surgimento de produtos focados em riscos associados à economia digital, como o cyber risk.
Desafios e oportunidades estão na mesa. Vejamos os próximos capítulos.
Por Antonio Carlos Zava
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